
Os esportes eletrônicos (Esports) cresceram exponencialmente em audiência, relevância econômica e impacto social. No centro desse fenômeno, a incorporação da Inteligência Artificial (IA) desencadeou novas oportunidades e riscos, exigindo o acompanhamento atento de juristas, gestores e atletas. Da prevenção à fraude ao suporte à decisão técnica, a IA está transformando as engrenagens do competitivo — e amplificando desafios éticos e jurídicos inéditos nesse ambiente.
Esports Integrity Comission – ESIC e WIPO (Imagem: Divulgação).
As aplicações diretas de IA nos Esports vão além do treinamento e análise tática. Organizações reconhecidas internacionalmente, como a ESIC (Esports Integrity Commission), já pautam debates e publicam diretrizes sobre o uso de algoritmos capazes de detectar manipulação de partidas e comportamentos suspeitos em grandes torneios. A ESIC atua também em parceria com entidades como a World Intellectual Property Organization (WIPO), promovendo projetos-piloto de inteligência artificial capazes de identificar atividades ilícitas com autonomia e precisão, reforçando a transparência no cenário global.
Project Ava (Imagem: Divulgação).
No campo da inovação privada, gigantes como a Razer introduziram tecnologias disruptivas. Durante a CES 2025, a empresa apresentou o “Project Ava”, um software de IA projetado para análise em tempo real de partidas profissionais, recomendações estratégicas automáticas e otimização de hardware conforme a dinâmica do jogo. O uso dessa solução, já em treinamento e eventos competitivos, reforça como IA e performance esportiva eletrônica caminham lado a lado.
GIANTX e iTero Gaming (Imagem: Divulgação).
Do lado das equipes, a GIANTX deu um passo à frente ao adquirir a startup iTero Gaming, especializada em análise preditiva com base em IA para jogos como League of Legends. A tecnologia desenvolvida pela iTero auxilia times a decifrarem tendências, sugerem combinações vencedoras de campeões e runas, e elaboram respostas estratégicas no ritmo acelerado das atualizações frequentes do cenário competitivo.
No aspecto regulatório e ético, o uso de IA nas competições provoca questionamentos marcantes:
Inteligência Artificial (Imagem: Divulgação).
Nessa confluência de tecnologia, competição e Direito, é essencial que advogados, gestores esportivos, atletas e desenvolvedores atuem transversalmente para mapear riscos, promover a compliance e possibilitar um cenário competitivo inovador e responsável. O futuro dos esports será, inevitavelmente, digital e algorítmico — mas seu êxito e legitimidade dependerão de marcos legais sólidos e do respeito às regras do jogo.
A convergência entre IA e eSports já é realidade. Garantir que essa transformação seja ética, transparente e segura é uma demanda que começa — e deve permanecer — no centro do debate jurídico nacional e internacional.
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